terça-feira, 12 de março de 2013

PLANO DE ENSINO - 2013


Estado de Santa Catarina – Secretaria de Estado da Educação
1ª Gerência Regional de Educação
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA EVERARDO BACKHEUSER – DESCANSO – SC
Rua Dois de Julho, 543
Código – 761000678060
Fone: (0XX) 49 3623 0254
89910-000 – Descanso – Santa Catarina

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL – 6º ANO

CAMPOS CONCEITUAIS


a.  Relações sócio-culturais;
b. Tempo;
c. Espaço;
d. Relações com a natureza.

CONCEITOS ESSENCIAIS


a.  Fala;
b. Escuta;
c. Leitura;
d. Escritura.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS

a. Língua;
b. Dialogia;
c. Análise linguística;
d. Gênero;
e. Texto – discurso;
f. Textualidade;
g. Coesão – Coerência;
h. Intertextualidade;
i. Interdiscursividade;
j. Polissemia – Polifonia.


OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA


            1. Compreender e usar a língua como herança e veículo de participação social, interação dialógica, geradora de significação e integradora do mundo e da própria identidade;
           2. Desenvolver a capacidade de expor ideias com desenvoltura e coerência (na escritura e na oralidade), sabendo ouvir e respeitar opiniões diversas.
          3. Reconhecer, interpretar e produzir gêneros textuais diversos aplicando os mecanismos linguísticos adequados.





CONTEÚDOS:  6º ANO


- Leitura e compreensão de textos (interpretação);
- Tipo e Gênero Textual – Conceito e Produção textual a partir do meio de interação (conto, relato de experiência, fábula, carta, e-mail, classificados, cartão postal, reportagem, posologia, folheto de instrução, relato de pesquisa, charge, poema, texto de opinião, cartaz)
- Reelaboração de ideias
- Expressão oral
- Aspectos gramaticais

1º BIMESTRE
Gênero textual: conto – relato de memórias
Gramática: - Frase, oração, período:
                     - Tipos de Frase
                     - Sujeito e predicado (conceito e atividades)                                                               
Vocabulário contextualizado
Linguagem verbal e não verbal
Ortografia (emprego de s e z;
Acentuação
Construções frasais
Vocativo
Morfologia: - Substantivo
                     - Adjetivo
                     - artigo

2º BIMESTRE
Gênero Textual: Tradição oral – texto explicativo
Gramática e Morfologia:
                                        - pronomes pessoais e indefinidos (estudo e classificação)
                                        - sujeito implícito e indeterminado (conceito e atividades)
                                      - adjunto adnominal
Ortografia: emprego de g e j

3º BIMESTRE
Gênero Textual: relato de pesquisa, charge, poema, texto de opinião, cartaz
Gramática e morfologia:
                                       - adjetivo e locução adjetiva
                                       - pronomes demonstrativos e possessivos
                                       - numeral (conceito classificação e atividades)
Flexão dos Substantivos e Adjetivos (Concordâncias nominal e verbal)
Ortografia: acentuação tônica
Palavras homônimas

4º BIMESTRE
Gênero textual: relato de experiência, fábula, carta, e-mail, classificados, cartão postal
Gramática e Morfologia:
                                      - verbos (tempos, modos e conjugações)
Ortografia: Oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas 



CONTEÚDOS: 7º ANO

- Leitura – interpretação e produção de textos narrativos, dissertativos e descritivos : carta, conto, autobiografia, anúncio publicitário, sinopse, poema, seminário, notícia, reportagem
- Correspondências informais
- Máximas e mínimas
- Provérbios
- Coesão e coerência

1º BIMESTRE
Gênero Textual: carta, autobiografia, conto
Gramática e Morfologia:
                                       - Sujeito(revisão)
                                       - Oração sem sujeito
                                       - Predicado (verbal e nominal)
                                       - Predicativo do sujeito
                                       - Verbo (modo subjuntivo)
                                       - Substantivos (revisão)

                              
Ortografia: - acentuação dos monossílabos
                  - emprego de X e CH

2º BIMESTRE
Gênero Textual: anúncio publicitário, poema
Gramática e morfologia: - advérbio
                                        - locução adverbial
                                        - classificação dos verbos (modo indicativo: irregulares)
                                        - transitividade verbal (verbos transitivos e intransitivos)
                                        - objetos direto e indireto
                                        - preposição
Ortografia:

3º BIMESTRE
Gênero Textual: seminário, notícia
Gramática e Morfologia: - linguagem figurada
                                         - adjunto adnominal
                                         - aposto
                                        -vocativo
- Ortografia: emprego de são – ção – ssão 
- Acentuação das paroxítonas


4º BIMESTRE
Gênero Textual: notícia, reportagem
Gramática e morfologia: -  interjeição
                                        - verbo imperativo
                                        - pontuação
                                       
Ortografia: emprego e j e g



AVALIAÇÃO

A avaliação consistirá em um processo constante e contínuo capaz de intervir positivamente no processo de ensino e aprendizagem. As avaliações serão realizadas por meio de produção textual (oralmente e descritivamente), exercícios intra e extraclasse, pesquisas, atividades individuais (provas objetivas e descritivas) e grupais, com e/ou sem consultas.





PLANO DE ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA–Ensino Médio
OBJETIVOS GERAIS DO CURSO 
  • Criar situações para que o aluno perceba que o ensino de Língua Portuguesa é entendida como a própria linguagem posta em ação;
  • Levar a perceber que a compreensão da língua é uma forma específica de interagir com o mundo;
  • Oportunizar ao aluno um entendimento melhor de si mesmo por meio da linguagem;
  • Reconhecer o papel da linguagem na criação estética, na construção de relações humanas significativas e no desenvolvimento da compreensão das relações sociais;
  • Possibilitar a reflexão e o senso crítico;
  • Desburocratizar o ler, o escrever e o falar, garantindo o efetivo domínio das atividades verbais e o contato vivo com o fazer literário;
  • Refletir sobre a comunicação e os meios de comunicação de que o homem dispõe para se comunicar e reconhecer neles formas de ser, viver e conviver;
  • Desenvolver estratégias de leitura
  •          Oportunizar o conhecimento dos diferentes tipos de romance situando-os no tempo e espaço e ampliando o conhecimento sobre cada fato histórico na realidade;

  • Conscientizar e despertar o senso crítico no aluno para o significado verdadeiro da palavra cidadão;
  •  Manter contato com diversos portadores de textos, inserindo-se no contexto social como ser transformador da realidade;
  •   Desenvolver a capacidade de comunicar-se por meio da norma culta;
  •    Produzir textos de gêneros diversos;
  • Conhecer e valorizar a cultura local e regional.



3º Ano - Ensino Médio
CONTEÚDOS

1.º Bimestre
·         Leitura, interpretação e Produção textual( alguns gêneros)
·         Linguagem:
·         • Regionalismo, Gírias, Estrangeirismo.
·         Gramática:
Classes gramaticais (revisão)
·         • Orações coordenadas e subordinadas
·           Regência Nominal e Verbal
·          
·         Literatura:
• Pré-Modernismo;
• Vanguardas Europeias

2.º Bimestre
·          Leitura, interpretação e Produção textual ( carta do e ao leitor e carta argumentativa)

Gramática:
Concordância Nominal e Verbal
Ortografia
·         Literatura:
• Modernismo: 1ª, 2ª e 3ª fase;

·         3.º Bimestre
·         Leitura, interpretação e Produção textual: texto argumentativo
·         Gramática:
·         Regência verbal e nominal
Ortografia

·         Literatura:
·         Pós- Modernismo

·         4.º Bimestre
·         Leitura, interpretação e Produção Textual (Artigo de Opinião e dissertação)
·         Gramática:
·         Colocação pronominal
• Pontuação;
• Crase.
·         Literatura:
• Literatura contemporânea.

AVALIAÇÃO

          A avaliação consistirá em um processo constante e contínuo capaz de intervir positivamente no processo de ensino e aprendizagem. As avaliações serão realizadas por meio de produção textual (oralmente e descritivamente), exercícios intra e extraclasse, pesquisas, atividades individuais (provas objetivas e descritivas) e grupais, com e/ou sem consultas.



domingo, 24 de fevereiro de 2013

METADE DE MIM

POEMA DECLAMADO POR OSWALDO MONTENEGRO PARA OUVIR COM OS ALUNOS

Atividade de Compreensão e Interpretação - 7º ano


TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?


Compreensão e análise do poema

1. Podemos caracterizar o texto como pertencendo a que gênero?


2.  EU-LÍRICO é o ser que se manifesta no texto expressando sua subjetividade  (sentimentos e pensamentos). Quem é o eu-lírico que se manifesta? Escreva um trecho do poema em que é possível percebê-lo.

3. Para auxiliar nossa compreensão, vamos pesquisar e conceituar as palavras:
a. pondera (ponderar) –

b. permanente –

c. vertigem –

d. (outras palavras que, porventura, necessitem de conceitualização)

4. Agora vamos contextualizar as palavras pesquisadas elaborando uma ou mais frases de cada.

5. A palavra traduzir pode significar: manifestar, revelar, explicar, demonstrar, representar, simbolizar, explanar, interpretar, etc... É possível associar essas significações com o traduzir do poema? Argumente.

6. Como podemos caracterizar o eu-lírico do poema?

7. Vamos interpretar os versos:
“Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira”.


8. E os versos: “Uma parte de mim é permamente
                          Outra parte se sabe de repente”, como os interpretamos?


9. O verbo delirar pode assumir vários significados. Analise-os e escreva.

10. O título do poema apresenta uma colocação pronominal. É a ênclise. Vamos estudar algumas regras de sua utilização para, posteriormente, aplicá-las em nossas produções textuais e orais.  


11. Você está convidado a conhecer um pouco sobre o autor do poema. Para tanto, realize uma pesquisa biográfica de Ferreira Gullar para socializá-la com os colegas. Bom trabalho!!

OBS: Sugiro leitura de poema Metade de Mim de Oswaldo Montenegro e fragmento de poema de Gregório de Matos Guerra
"O todo sem a parte não é todo; 
A parte sem o todo não é parte; 
Mas se a parte o faz todo sendo parte, 
Não se diga que é parte, sendo todo" a fim de comparar e refletir.


   

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Poema MOTIVO cantado por Fagner

Sugestão do poema cantado para ouvir com os alunos ao trabalhar o mesmo

Atividade de leitura, interpretação e compreensão textual - Série: 6º ano




Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.


1º - Abordar a palavra “Motivo” a fim de conceituá-la e contextualizá-la;

2º - Entregar cópia do poema para cada aluno ler
ü  Ler
ü  Declamar (pela professora)
ü  Refletir a relação entre os termos:  “Motivo” do poema e o do nosso conceito.


3º - Compreensão e análise do texto

1.      Podemos caracterizar o texto como sendo de que gênero?

2.      EU-LÍRICO é o ser que se manifesta no texto expressando sua subjetividade  (sentimentos e pensamentos). Quem é o eu-lírico que se manifesta? Escreva um trecho do poema em que é possível percebê-lo.

3.      Para auxiliar nossa compreensão, vamos pesquisar e conceituar as palavras:
a. fugidias –

b. gozo –

c. tormento –

d. ritmada –

4. Agora vamos contextualizar as palavras pesquisadas elaborando uma ou mais frases de cada.

5. Sabemos que as palavras, em contextos diferentes, assumem significados diferenciados, assim como pertencer à classe gramatical distinta. A exemplo disso, podemos analisar a palavra  canto presente no poema. Quais seus significados? Elabore frases em que canto seja:
a. verbo –

b. substantivo –

Obs: Realizar leitura do texto de Selma Maria ‘Isso Isso”

6. Ao considerarmos a estrutura de um poema, observamos que ele se constitui de versos e estrofes.
a. O que é verso?

b. E o que é estrofe?

c. Quantos versos e quantas estrofes se encontram no poema “Motivo”?

7. Há, no poema, palavras que se opõem em significados. São chamadas antônimas ou antíteses. Cite-as:
a.

b.

c.

8. Vamos interpretar os dois primeiros versos do poema. É possível afirmar que o eu-lírico valoriza o presente ou apega-se ao passado ou ao futuro? Escreva suas considerações.

9. Em que tempo verbal o eu-lírico se manifesta? Escreva uma frase que indique.

10. A repetição da expressão “não sei”, na última estrofe, indica que estado emocional do eu-lírico?


          11. Algumas palavras apresentam sons semelhantes, mas com escrita diferente. Transcreva, do texto, palavras escritas com Ç e SS e, depois, memorize sua ortografia. 



Produção textual

Orientar os alunos na elaboração de um soneto, o qual deverá iniciar-se com o pronome eu e um verbo, à imitação de Cecília Meireles. Sugerir a atribuição de um título original.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

TEXTO NARRATIVO PRODUZIDO PELA PRIMEIRA SÉRIE UM- CEDUP GV


O LONGO ADEUS
            Chovia, a nebulosidade invadia todas as vielas, ela lá parada na esquina cabisbaixa, tremendo de frio e arrependimento, olhos fechados cabelos molhados, tentava imaginar palhaços, circos para tentar se livrar daquela dor profunda era impossível esquecer o que acontecera.
            23 de Abril de 2001. Isadora sempre fora diferente, sentia isso, e as outras pessoas também, mas não de forma real, achavam ela estranha. Cabelos negros lisos, olhos claros, sua pele cadavérica, dava a impressão de ser gótica, sabe, aquelas pessoas que vão fazer rituais sinistros em cemitérios.
            Mesmo sua aparência dando esta impressão, seu interior era jovem, gostava de andar de bicicleta, fazer tudo o que as outras meninas faziam, mas suas opiniões eram diferentes, ela via o mundo de forma diferente.
            Na janela de casa, em um lindo dia, vira um menino passar apressado, não dera muita atenção. Ao descer para o café ouvira a campainha tocar, ele estava lá, ela nunca se apaixonara antes, não pensava que seria uma coisa tão rápida, na realidade nem sabia o que estava sentindo.
-Oi, oi, ooooi!
-Há, desculpe-me, o que você quer?
-Sua mãe é psicóloga, certo?
-Sim, sim ela é.
-Está em casa?
-Não saiu há pouco.
-Então, por favor, avise a ela que o Rafael esteve aqui?
-Tudo bem.
-Obrigado, tchau.
-Tchau.
            Fechou a porta cautelosamente, respirou fundo e acabou de tomar seu café, estava confusa com o que acontecera.
            Sua mãe voltara ao meio dia, e Isadora, envergonhada, falou que Rafael havia estado ali, sua mãe agradeceu com voz preocupada. Almoçaram e saíram as duas, Isadora para o colégio e Márcia, sua mãe, para o trabalho.
            Ao abrir a porta da classe, a menina deparou se com aquele rosto familiar, belo e jovial. Para sua alegria, ele sentara no fundo da classe, distante dela, ficara assim tão contente, pois temia que ele a achasse feia, ou algo do tipo.
            Nem prestou atenção à aula, estava tentando criar coragem para falar com ele, falar que dera o recado a sua mãe. No intervalo, aquilo se tornou um objetivo, mas infelizmente a falta de coragem prevaleceu.
            O ônibus parou e ela desceu. Rafael descera também, precisava conversar com sua avó que morava no mesmo quarteirão de Isadora. A menina encheu-se de coragem e falou.
-Oi!
-Oi!
-Falei para a minha mãe que você esteve lá em casa.
-Hã, eu lhe conheço?
-Claro hoje de manhã, por volta das 6 horas e 30 minutos você foi até minha casa.
-Desculpe-me não me lembro mesmo, mas outra hora a gente conversa agora preciso ir. Tchau!
            Sem entender nada, despediu-se.
            Ao chegar em casa, tomou banho e jantou. Ao deitar-se rezou e adormeceu. Em seu sonho imaginou-se uma linda noiva, acompanhada por Rafael seu fiel parceiro. Interrompida pelo despertador, “fora a minha melhor noite”, pensou.
            Ligou a televisão: Previsão de chuva para semana que vem, tomou café, foi à escola ao meio dia, encontrou Rafael e ele atenciosamente foi ao seu encontro, pediu desculpas pela pressa do dia anterior e assim iniciaram uma longa conversa que foi prolongada durante dois dias. Na quinta-feira, ao sair da escola, Isadora deixou seu celular na carteira que acabou sendo encontrado por Rafael. Nele havia rascunhos de pensamentos de Isadora, leu cuidadosamente aquelas frases de amor, refletiu e saiu.
            Isadora ficou preocupada com o sumiço de seu celular, mas acabou ficando mais tensa com o desaparecimento de Rafael das aulas.
            Sexta-feira, segunda-feira, terça-feira e nada. Pensou em ligar para ele, mas lembrou que havia perdido o celular.
            A quarta-feira amanheceu nublada, e Isadora preocupada, foi escola cheia de esperança, mas não encontrava nada. Indo para casa, começou a chover, desceu do ônibus cabisbaixo com seu cabelo agora molhado olhou para o lado e viu a figura de uma pessoa, reconheceu logo: era Rafael. Os dois correram e se encontraram. Isadora olhou para ele e viu que segurava seu celular. Num impulso ele a beijou. Gotas de chuva escorriam em suas faces e aquela cena ainda vinha na cabeça da jovem nos tempos atuais.
            Após aquela cena, se recolheram na casa dela.
           -Nossa que chuva - Disse Isadora-Vou tomar um banho, já volto.
           -Não me deixe aqui sozinho.
           -Já volto. Depois nós temos um tempão para conversar.
           -Esta bem, mas vá logo.
            Isadora virou-se e deu alguns passos para frente. Voltou-se a ele e viu um sorriso estampado em seu rosto, naquele belo rosto. E agora era assim que ela se esforçava para lembrar-se dele.
            Ao voltar do banho, que fora rápido, observou que ele havia deitado, chegou devagar e ponderosamente passou a mão em seus cabelos loiros, “ele esta dormindo”, pensou ela, mas para seu espanto ele não abriria mais.
            Angustiada em um canto da sala, o corpo de Rafael sobre o sofá, foi esta a cena que Márcia presenciou ao chegar a casa.
            05 de Maio de 2001, enterro de Rafael. O menino havia sofrido de um distúrbio mental, isso explicava muita coisa, o esquecimento  do encontro dos dois, a vinda dele aquela manhã em sua casa em vez de ter dirigido-se ao escritório de sua mãe.
            Rafael fincou uma faca em seu próprio coração. Márcia tinha conhecimento dos fatos, mas não sabia da ligação que existia entre Rafael e sua filha.
            23 de Abril de 2012, Isadora  virou a cabeça para o lado, mas só encontrara uma rua coberta por uma densa névoa, coração apertado, consciência pesada, em passos lentos se distanciava dali com um mapa da cidade na mão, pois voltara para ficar.
CEDUP-GV
Jéssica Bertochi
Série: 1ª
Turma: 01
05/04/12





                     Um dia Inesquecível
            
              Certo dia, estava em Belo Horizonte visitando a cidade e, passando em uma esquina encontrei Jeki, um palhaço de Salvador, estava apenas visitando a cidade. Como a profissão já diz tudo, fazia brincadeiras e palhaçadas com as pessoas que passavam na rua. 
              Quando tinha um grupo maior de pessoas, Jeki inventava uma fábula para as pessoas caírem na gargalhada. Antes que as pessoas fossem embora, Jeki ainda contava algumas piadas, para as pessoas saírem felizes.
              Depois que curti a apresentação do palhaço, fui conhecer outros lugares. Fui  para um lugar bem afastado da cidade, até chegar próximo a um cemitério, todo enfeitado com lindas flores, vários pássaros, chamou tanto minha atenção, que fui conhecê-lo.
Olhei os túmulos que mais  me chamaram atenção. Nisso, escutei alguns gritos, fiquei apreensivo e quieto, para escutar de onde vinham os gritos. Localizei-os, quando estava saindo pelos fundos do cemitério. Os gritos vinham daquela direção, mas de muito longe, cada vez se aproximava mais. Estava com muito medo, pois estava chegando cada vez mais perto. Quando parou, vi que era Jeki, fiquei mais tranquilo, conversei um pouco com ele e, em seguida, foi embora.
             Quando começou a anoitecer, saí do cemitério para voltar à cidade. Tive que voltar a pé, sozinho, por uma estrada de chão. Estava ficando escuro e ainda faltava muito para chegar a cidade. Durante o caminho, avistei uma luz. Quando cheguei ao local, escutei um choro de criança dentro de uma casa. Entrei e vi que o menino estava sozinho e pedi se precisava de ajuda. Estava muito estressado, me xingou e ameaçou de morte, tive que ir sair.
               Já estava tarde, mas logo cheguei à cidade onde havia uma cerimônia de casamento, mas estava com muito sono, procurei um hotel, pois, no outro dia, precisava ir embora. No amanhecer do dia, fui a uma livraria para comprar um mapa para auxiliar o motorista do ônibus.
                Quando chegou o momento de pegar o ônibus, olhei no relógio e já estava em cima da hora, e ainda precisava chegar a rodoviária.
                Quando cheguei lá, o ônibus já estava quase saindo, por pouco não o perdi. Durante a viagem, auxiliei o motorista com meu mapa até chegar a minha cidade.
 
                                                                     Aluno: Gustavo Philippsen 



terça-feira, 24 de abril de 2012

Minha melhor lembrança

                                                                        Marinês Z. Brun
De toda a minha vida sou atenta: cada fase; cada instante, cada lembrança!
 Que bom estar em dúvida: qual é a minha melhor lembrança se são tantas a listar?
 Quem sabe eu comece falando no meu medo do monstro da bandeja de biscoito. É! O desenho da lagosta que eu via quando as bolachas iam acabando...
 Ou, talvez tenha sido o meu primeiro dia de aula, quando, com meu material debaixo do braço, meu chinelinho amarelo e com minha blusinha de patinhos bordados pela minha mãe, em fila, diante da professora, eu ouvia a inesquecível frase: “Você será uma boa aluna, tenho certeza!”
Pensando bem: poderia ser aquele dia de festa junina em que, com meus colegas, atravessamos a fogueira!
E, quem sabe, meu primeiro beijo?!!! Meu primeiro baile?!!! Ah! Já sei! A primeira dança e o perfume de meu amor!!! Ou a certeza de meu amor!!! Seu beijo, seu abraço!!!
Nossa!!! Sim!!!
Sim! Sim! Sim! Três sins que dão sentido a minha vida. Ao meu eu.
Sendo eu o que eu sou! Tanto tenho a agradecer o que me engrandece: a minha escolha profissional! Aos meus alunos! Às minhas filhas! Ao meu amor ! A deus!
Quanto mais posso escrever!!!
Tanto mais tenho a dizer!!!
 Lembro-me de minha professora da 2ª série. Ah! Como ela me cativou, inspirou-me, mostrou-me. Sim! Agradeço a ela por ter-me revelado o sentimento de professora aos 8 anos.
E minha mãe, pegava-me pela mãe que me conduzia até a porta da escola.
E meus amigos, que me ensinaram um pouco mais a acreditar em mim mesma, em meus sonhos, em meus ideais... Lembro-me: eu queria e achava que podia mudar o mundo!!!
Mas, ainda acredito na utopia...
E a vida continua...
E, ao limiar de minhas próximas décadas, quererei ficar ainda em dúvida sobre minha melhor lembrança porque, imagine, serão tantas.... Tantas....!!!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PALAVREAMENTO: UM ENSEJO


Marinês Zembruski Brun

Tecer, envolver, enredar...
ações humanas que nos caracterizam 
capazes de estabelecer laços,
pessoas que se encontram,
que se conhecem, que se amam,
que se constroem continuamente.
Algo assim acontece também com as letras e palavras.
Elas têm um quê que vai além de sua simbologia, 
de suas formas.
Carregam uma significação tal
 capaz de promover a compreensão e a incompreensão;
a união e a desunião;
o amor e o ódio;
a alegria e a tristeza;
a paz e a guerra;
os encontros e os desencontros...


PALAVRA

Palavra cristalizada
Divina palavra
Misteriosa coisa, a palavra!
Asas dos corações apaixonados
Palavra... que traz lembranças e leva saudades...
Inspiração dos poetas
Materialização do poema
Palavras ao som do vento:
Cantarolar dos pássaros em coro em tempos de primavera,
O cricrilar dos grilos em noites escuras;
Deslizar sereno das águas à luz do luar;
Sopro do vento entoando uma melodia incompreensível,
Porém, envolvente...é o vento querendo cantar.
Palavra bendita
Palavra contida
Palavra mal  dita
Palavra refletida.
Palavra...
O bater do coração
O ritmo de um violão
O soluço também uma palavra
O silêncio querendo mostrar que também fala
A mais suave das falas, uma melodia...
Que faz seres humanos pensar
A criança adormecer
A noite declamar sua poesia
Palavra: traz dor, faz a história,
Faz sonhar, acreditar no amor,
Faz construir, a esperança, a alegria, a força
Faz crer no infinito amor: Deus!

TECITURAS


Marinês Zembruski Brun
A palavra texto vem do latim e significa tecer.
Tecer a trama de significação
contida em cada possibilidade comunicativa,
de interação e inter-relação humana.
Num processo constante e contínuo de auto-construção.
Texto que é trama de histórias vividas.
Texto com seus prefixos e sufixos de significados;
que descortinam o real e o fantástico,
o próximo e o distante, o novo e o arcaico...
enfim, a história.
TEXTO
Textualizar
Contextualizar
Destextualizar
Intertextualizar
Hipertextualizar...
Tudo história!
História?
É. História do 
“No princípio era 
assim...”
História  do “Era uma 
vez...”
História do 
“Eu penso assim...”
Do “Eu sou assim...”
História que se constrói
História que constrói...
Textos envolventes
Intertextos marcantes
Contextos instigantes
Hipertextos que enredam
(Pre)textos que 
encaminham 
descaminhos