domingo, 24 de fevereiro de 2013

Atividade de Compreensão e Interpretação - 7º ano


TRADUZIR-SE

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -
será arte?


Compreensão e análise do poema

1. Podemos caracterizar o texto como pertencendo a que gênero?


2.  EU-LÍRICO é o ser que se manifesta no texto expressando sua subjetividade  (sentimentos e pensamentos). Quem é o eu-lírico que se manifesta? Escreva um trecho do poema em que é possível percebê-lo.

3. Para auxiliar nossa compreensão, vamos pesquisar e conceituar as palavras:
a. pondera (ponderar) –

b. permanente –

c. vertigem –

d. (outras palavras que, porventura, necessitem de conceitualização)

4. Agora vamos contextualizar as palavras pesquisadas elaborando uma ou mais frases de cada.

5. A palavra traduzir pode significar: manifestar, revelar, explicar, demonstrar, representar, simbolizar, explanar, interpretar, etc... É possível associar essas significações com o traduzir do poema? Argumente.

6. Como podemos caracterizar o eu-lírico do poema?

7. Vamos interpretar os versos:
“Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira”.


8. E os versos: “Uma parte de mim é permamente
                          Outra parte se sabe de repente”, como os interpretamos?


9. O verbo delirar pode assumir vários significados. Analise-os e escreva.

10. O título do poema apresenta uma colocação pronominal. É a ênclise. Vamos estudar algumas regras de sua utilização para, posteriormente, aplicá-las em nossas produções textuais e orais.  


11. Você está convidado a conhecer um pouco sobre o autor do poema. Para tanto, realize uma pesquisa biográfica de Ferreira Gullar para socializá-la com os colegas. Bom trabalho!!

OBS: Sugiro leitura de poema Metade de Mim de Oswaldo Montenegro e fragmento de poema de Gregório de Matos Guerra
"O todo sem a parte não é todo; 
A parte sem o todo não é parte; 
Mas se a parte o faz todo sendo parte, 
Não se diga que é parte, sendo todo" a fim de comparar e refletir.


   

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