segunda-feira, 14 de maio de 2012

TEXTO NARRATIVO PRODUZIDO PELA PRIMEIRA SÉRIE UM- CEDUP GV


O LONGO ADEUS
            Chovia, a nebulosidade invadia todas as vielas, ela lá parada na esquina cabisbaixa, tremendo de frio e arrependimento, olhos fechados cabelos molhados, tentava imaginar palhaços, circos para tentar se livrar daquela dor profunda era impossível esquecer o que acontecera.
            23 de Abril de 2001. Isadora sempre fora diferente, sentia isso, e as outras pessoas também, mas não de forma real, achavam ela estranha. Cabelos negros lisos, olhos claros, sua pele cadavérica, dava a impressão de ser gótica, sabe, aquelas pessoas que vão fazer rituais sinistros em cemitérios.
            Mesmo sua aparência dando esta impressão, seu interior era jovem, gostava de andar de bicicleta, fazer tudo o que as outras meninas faziam, mas suas opiniões eram diferentes, ela via o mundo de forma diferente.
            Na janela de casa, em um lindo dia, vira um menino passar apressado, não dera muita atenção. Ao descer para o café ouvira a campainha tocar, ele estava lá, ela nunca se apaixonara antes, não pensava que seria uma coisa tão rápida, na realidade nem sabia o que estava sentindo.
-Oi, oi, ooooi!
-Há, desculpe-me, o que você quer?
-Sua mãe é psicóloga, certo?
-Sim, sim ela é.
-Está em casa?
-Não saiu há pouco.
-Então, por favor, avise a ela que o Rafael esteve aqui?
-Tudo bem.
-Obrigado, tchau.
-Tchau.
            Fechou a porta cautelosamente, respirou fundo e acabou de tomar seu café, estava confusa com o que acontecera.
            Sua mãe voltara ao meio dia, e Isadora, envergonhada, falou que Rafael havia estado ali, sua mãe agradeceu com voz preocupada. Almoçaram e saíram as duas, Isadora para o colégio e Márcia, sua mãe, para o trabalho.
            Ao abrir a porta da classe, a menina deparou se com aquele rosto familiar, belo e jovial. Para sua alegria, ele sentara no fundo da classe, distante dela, ficara assim tão contente, pois temia que ele a achasse feia, ou algo do tipo.
            Nem prestou atenção à aula, estava tentando criar coragem para falar com ele, falar que dera o recado a sua mãe. No intervalo, aquilo se tornou um objetivo, mas infelizmente a falta de coragem prevaleceu.
            O ônibus parou e ela desceu. Rafael descera também, precisava conversar com sua avó que morava no mesmo quarteirão de Isadora. A menina encheu-se de coragem e falou.
-Oi!
-Oi!
-Falei para a minha mãe que você esteve lá em casa.
-Hã, eu lhe conheço?
-Claro hoje de manhã, por volta das 6 horas e 30 minutos você foi até minha casa.
-Desculpe-me não me lembro mesmo, mas outra hora a gente conversa agora preciso ir. Tchau!
            Sem entender nada, despediu-se.
            Ao chegar em casa, tomou banho e jantou. Ao deitar-se rezou e adormeceu. Em seu sonho imaginou-se uma linda noiva, acompanhada por Rafael seu fiel parceiro. Interrompida pelo despertador, “fora a minha melhor noite”, pensou.
            Ligou a televisão: Previsão de chuva para semana que vem, tomou café, foi à escola ao meio dia, encontrou Rafael e ele atenciosamente foi ao seu encontro, pediu desculpas pela pressa do dia anterior e assim iniciaram uma longa conversa que foi prolongada durante dois dias. Na quinta-feira, ao sair da escola, Isadora deixou seu celular na carteira que acabou sendo encontrado por Rafael. Nele havia rascunhos de pensamentos de Isadora, leu cuidadosamente aquelas frases de amor, refletiu e saiu.
            Isadora ficou preocupada com o sumiço de seu celular, mas acabou ficando mais tensa com o desaparecimento de Rafael das aulas.
            Sexta-feira, segunda-feira, terça-feira e nada. Pensou em ligar para ele, mas lembrou que havia perdido o celular.
            A quarta-feira amanheceu nublada, e Isadora preocupada, foi escola cheia de esperança, mas não encontrava nada. Indo para casa, começou a chover, desceu do ônibus cabisbaixo com seu cabelo agora molhado olhou para o lado e viu a figura de uma pessoa, reconheceu logo: era Rafael. Os dois correram e se encontraram. Isadora olhou para ele e viu que segurava seu celular. Num impulso ele a beijou. Gotas de chuva escorriam em suas faces e aquela cena ainda vinha na cabeça da jovem nos tempos atuais.
            Após aquela cena, se recolheram na casa dela.
           -Nossa que chuva - Disse Isadora-Vou tomar um banho, já volto.
           -Não me deixe aqui sozinho.
           -Já volto. Depois nós temos um tempão para conversar.
           -Esta bem, mas vá logo.
            Isadora virou-se e deu alguns passos para frente. Voltou-se a ele e viu um sorriso estampado em seu rosto, naquele belo rosto. E agora era assim que ela se esforçava para lembrar-se dele.
            Ao voltar do banho, que fora rápido, observou que ele havia deitado, chegou devagar e ponderosamente passou a mão em seus cabelos loiros, “ele esta dormindo”, pensou ela, mas para seu espanto ele não abriria mais.
            Angustiada em um canto da sala, o corpo de Rafael sobre o sofá, foi esta a cena que Márcia presenciou ao chegar a casa.
            05 de Maio de 2001, enterro de Rafael. O menino havia sofrido de um distúrbio mental, isso explicava muita coisa, o esquecimento  do encontro dos dois, a vinda dele aquela manhã em sua casa em vez de ter dirigido-se ao escritório de sua mãe.
            Rafael fincou uma faca em seu próprio coração. Márcia tinha conhecimento dos fatos, mas não sabia da ligação que existia entre Rafael e sua filha.
            23 de Abril de 2012, Isadora  virou a cabeça para o lado, mas só encontrara uma rua coberta por uma densa névoa, coração apertado, consciência pesada, em passos lentos se distanciava dali com um mapa da cidade na mão, pois voltara para ficar.
CEDUP-GV
Jéssica Bertochi
Série: 1ª
Turma: 01
05/04/12





                     Um dia Inesquecível
            
              Certo dia, estava em Belo Horizonte visitando a cidade e, passando em uma esquina encontrei Jeki, um palhaço de Salvador, estava apenas visitando a cidade. Como a profissão já diz tudo, fazia brincadeiras e palhaçadas com as pessoas que passavam na rua. 
              Quando tinha um grupo maior de pessoas, Jeki inventava uma fábula para as pessoas caírem na gargalhada. Antes que as pessoas fossem embora, Jeki ainda contava algumas piadas, para as pessoas saírem felizes.
              Depois que curti a apresentação do palhaço, fui conhecer outros lugares. Fui  para um lugar bem afastado da cidade, até chegar próximo a um cemitério, todo enfeitado com lindas flores, vários pássaros, chamou tanto minha atenção, que fui conhecê-lo.
Olhei os túmulos que mais  me chamaram atenção. Nisso, escutei alguns gritos, fiquei apreensivo e quieto, para escutar de onde vinham os gritos. Localizei-os, quando estava saindo pelos fundos do cemitério. Os gritos vinham daquela direção, mas de muito longe, cada vez se aproximava mais. Estava com muito medo, pois estava chegando cada vez mais perto. Quando parou, vi que era Jeki, fiquei mais tranquilo, conversei um pouco com ele e, em seguida, foi embora.
             Quando começou a anoitecer, saí do cemitério para voltar à cidade. Tive que voltar a pé, sozinho, por uma estrada de chão. Estava ficando escuro e ainda faltava muito para chegar a cidade. Durante o caminho, avistei uma luz. Quando cheguei ao local, escutei um choro de criança dentro de uma casa. Entrei e vi que o menino estava sozinho e pedi se precisava de ajuda. Estava muito estressado, me xingou e ameaçou de morte, tive que ir sair.
               Já estava tarde, mas logo cheguei à cidade onde havia uma cerimônia de casamento, mas estava com muito sono, procurei um hotel, pois, no outro dia, precisava ir embora. No amanhecer do dia, fui a uma livraria para comprar um mapa para auxiliar o motorista do ônibus.
                Quando chegou o momento de pegar o ônibus, olhei no relógio e já estava em cima da hora, e ainda precisava chegar a rodoviária.
                Quando cheguei lá, o ônibus já estava quase saindo, por pouco não o perdi. Durante a viagem, auxiliei o motorista com meu mapa até chegar a minha cidade.
 
                                                                     Aluno: Gustavo Philippsen